Mestra



Joana D'arc da Silva Cavalcante
 - Mestra Joana



 Joana D'arc da Silva Cavalcante - mestra Joana, Joana do Agbê - é uma das artistas populares pernambucanas e de grande projeção no cenário do país.

É a única mulher, até nossos dias, a coordenar e apitar o batuque de uma nação de  maracatu de baque virado, a Nação Encanto do Pina,  além de liderar dois outros grupos: Baque Mulher e Mazuca da Quixaba.

Na lida com sua comunidade Joana tornou-se uma liderança reconhecida e na lida com sua nação tornou-se professora de maracatu – batuque e dança – com viagens para o sul e sudoeste do Brasil onde  divulga seus conhecimentos e forma novos batuqueiros.

Neta da Yalorixá dona Maria de Quixaba, sacerdotisa do ylê Axé Oxum Deym, uma das mais antigas do bairro do Pina, desde criança esteve presente as atividades religiosas e culturais desenvolvidas dentro do ylê.
Seu aprendizado artístico, tanto de música, quanto de dança, se dá nos espaços deste bairro, junto aos mestres Marcelo, Jaime e Shacon Viana, da Nação do Maracatu Porto Rico, da qual ela participa desde criança.
Em 1999, sentindo a carência de opções culturais e de laser das crianças e adolescentes do bairro do Pina, criou o grupo Oxum Opará com meninas de 7 a 18 anos.
Trabalhou como agente jovem da prefeitura do Recife junto ao quilombo urbano Ilha de Deus, no bairro do Imbiribeira, onde desenvolveu um trabalho de reintegração a sociedade com jovens e crianças e criou o Maracatu Axé da Ilha.
Voluntaria do CAPS (Centro de atenção psicossocial) trabalhou com aulas de percussão com os pacientes.

Seu trabalho como professora de maracatu e cultura pernambucana passa a ser reconhecido também fora de Pernambuco.
Em 2008 viaja para dar oficinas em São Paulo no Bloco de Pedra e em Curitiba.

Em 2009 foi convidada para dar oficinas  no Estado de São Paulo sobre maracatu de baque virado nas cidades de Santos, pelos grupo Quiloa, Campinas, pelo grupo Maracatuca,  e em Bauru ministrou palestra “Maracatu de Baque Virado e a Cultura Popular” e a oficina “Danças populares, contexto e Maracatu promovidos pelo curso de Artes Cênicas da Universidade Sagrado Coração.

(http://www.usc.br/salaimprensa/noticias/1194_palestra_maracatu.html)

 Em maio de 2010 voltou São Paulo para continuar a os trabalho com o grupo Maracatuca (Campinas) e Quiloa (Santos) com quem se apresentou na Virada Cultural de Santos. 
 
Em agosto de 2010 volta para Santos ministrando uma oficina de agbê e participando do arrasto de 13 de agosto do grupo Quiloa
Mãe Maria da Quixaba, avó de mestra Joana

A partir dos conhecimentos adquiridos no Ylê de sua avó, Joana D´arc cria o Mazuca da Quixaba, grupo que recria artisticamente as músicas e danças do Ylê de sua avó, num resgate cultural único de fragmentos da historia oral de velhos mestres da Jurema misturado com o som e a pisada do coco de terreiro. 

  (http://mazucadaquixaba.blogspot.com/)


Idealiza e rege o grupo Baque Mulher, único e primeiro grupo de maracatu de baque virado composto só por mulheres.  

   (http://baquemulher.blogspot.com/)


Mestra Joana

Derrubando barreiras e enfrentado a discriminação Joana D’arc é escolhida, em 2008, mestra do batuque do Maracatu Encanto do Pina, a primeira mulher na historia de um maracatu nação a ocupar este cargo.   (http://encantodopina.blogspot.com/)

Tendo Joana D'arc como mestra, o Encanto do Pina se tornou o campeão do carnaval 2009 na primeira categoria de Maracatu de Baque Virado, passando para o grupo especial. A falta de estrutura física nação além de outras carências materiais,  fez com que o Encanto não conseguisse se manter nesse grupo. 

Mesmo decepcionada, mestra Joana se dá conta de que é um tempo de recolhimento e de renovação de forças, tempo de focar nas necessidades estruturais da nação, conseguir um espaço coberto para ensaios, oficinas de capoeira, música e dança e para a  confecção de figurinos.

Apesar de sua intensa atividade cultural, acrescida da sua atividade profissional (vigilante patrimonial) e de mãe e esposa, mestra Joana  pretende intensificar  seu trabalho social no Pina com mulheres da comunidade, envolvendo aulas de costura, confecção de adereços e dança, além de produzir atividades de laser como a festa do Dia das crianças que envolve mais de 100 crianças do bairro e que é realizada com a ajuda de voluntários.



Festa do Dia das Crianças, outubro de 2009